domingo, 28 de agosto de 2011

6º ANO - Artigos (revisão)


Artigo: é a palavra que acompanha o substantivo, servindo basicamente para generalizar ou particularizar o sentido desse substantivo. Veja o contraste entre: um cidadão/o cidadão; um animal/o animal; uma flor/ a flor; um portão/ o portão
Em muitos casos, o artigo é essencial para definição do gênero do substantivo (masculino/feminino) e para a indicação de número (singular/plural).
O jornalista recusou o convite do representante dos artistas.
A jornalista recusou o convite da representante das artistas.
A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos.
A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos.
Quando antepostos a palavras de qualquer classe gramatical, os artigos as transformam em substantivos. Neste caso, ocorre o que se denomina derivação imprópria.
É um falar que não tem fim.
O assalariado vive um sofrer interminável.
O aqui e o agora sempre se conjugam favoravelmente.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS
Devido à capacidade de generalizar ou particularizar o sentido do substantivo com que se relaciona, o artigo é classificado como definido ou indefinido.
O artigo indefinido indica seres quaisquer dentro de uma mesma espécie; seu sentido é genérico. São artigos indefinidos as formas: um, uma, uns, umas
Exemplo: Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma gata, uns tucanos e umas araras.
O artigo definido indica seres determinados dentro de uma espécie; seu sentido é particularizante. São formos do artigo definido: o, a, os, as.
Exemplo: Meu vizinho gosta muito de animais: precisa ver o tucano, o lagarto, as araras e a gata que ele tem em casa.
Em Latim, a palavra artigo estava relacionada à ideia de articulação, articular.
COMBINAÇÕES DOS ARTIGOS:
É frequente os artigos tanto definidos quanto indefinidos aparecerem combinados com preposições. O quadro a seguir representa essas possibilidades.
PREPOSIÇÕES

             ARTIGOS



o, os
a, as
um, uns
uma, umas
a
AO, AOS
À, ÀS
-
-
de
DO, DOS
DA, DAS
DUM, DUNS
DUMA, DUMAS
em
NO, NOS
NA, NAS
NUM, NUNS
NUMA, NUMAS
por (per)
PELO,PELOS
PELA, PELAS
-
-

Observações: As formas à e às indicam a fusão entre a preposição “a” e os artigos definidos “a” e “as”. A junção de vogais idênticas é conhecida por crase. Graficamente, ela é marcada pelo uso do acento agudo.
As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, que é equivalente (igual) a por.

Bibliografia:
Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Scipione, 2008.

9º Ano Orações Coordenadas

ORAÇÕES COORDENADAS
Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Já quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação:
a)      COMPOSTO POR COORDENAÇÃO – quando é constituído apenas de orações independentes, ou seja, coordenadas entre si, mas não há entre elas nenhuma dependência sintática.
Exemplo: Saímos de manhã e fomos visitar alguns amigos.
                 Oração Coordenada (OC) / Oração Coordenada (OC)
                                (e=conj. coord. aditiva)  
b)      COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO – quando é constituído pelo menos de um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) é dependente da outra (a principal). Doravante, Oração Principal (OP); Oração Subordinada (OS).
Exemplo: Não fui à reunião,∕ porque estava doente.
                   Oração Principal (OP)/   Oração Subordinada (OS)
                                  (porque = conj. subord. Explicativa)
c)       MISTO – quando é constituído por orações coordenadas e subordinadas.
Exemplo: Voltei à sala∕ e apanhei o pacote∕ que havia esquecido.
                       (1ª)                     (2ª)                             (3ª)
    Oração Coordenada /Oração Coordenada / Oração Subordinada.
                                          
1)      Importante: qualquer oração, seja coordenada ou subordinada, será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa.
                       Exemplos:
        a) Fomos ao hospital/ e visitamos o colega /que foi operado.
                                          (1ª)                             (2ª)                             (3ª)
                                         OC       /    OC em relação à (1ª)   / OS em relação à (2ª).
                                                     /     OP em relação à (3ª)  /
                      Graficamente, este período acima poderia ser assim representado:

                                                         (1ª)+(2ª)___
                                                                    | (3ª)
                                       b) Espero  /que você me traga o presente/que me prometeu.
                                         (1ª)OP   /(2ª) OS em relação à (1ª)/        (3ª) OS em relação à (2ª)
                                                      /(2ª) OP em relação à (3ª)/    
Representação gráfica:              1ª______
|           2ª_____
|            3ª______
2)      Duas ou mais orações subordinadas com a mesma função podem ser coordenadas entre si.
Exemplo:  Nesta escola, há crianças/ que começam/e concluem o curso em um ano.
                    (1ª) OP                               /(2ª)OS da (1ª) /       (3ª) OS da (1ª)
                                                              / (2ª) OC da (3ª)/       (3ª) OC da (2ª)

Graficamente, tem-se o esquema:
                                                                                         1ª______


                  2ª______+             3ª___           ___

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO:
Observe o período:
“Certamente desceu para este pomar, aventurou-se para junto da mata, ouviu cantar esses pássaros.” (Rubem Braga)
Note que ele é composto por três orações:
(1ª) Certamente ela desceu para este pomar
(2ª)Aventurou-se para junto da mata
(3ª)Ouviu cantar esses pássaros
As orações não mantêm entre si nenhuma dependência gramatical, portanto são orações independentes. Existe entre elas, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser: assindéticas ou sindéticas.
Orações Coordenadas Assindéticas (sem conjunção/conjunções)
São orações coordenadas que vêm justapostas umas às outras, sem nenhuma conjunção entre elas.
Exemplo: Chegou, /desceu do carro,/ entrou rapidamente na loja.
Orações Coordenadas Sindéticas
São orações que vêm ligadas por uma conjunção coordenativa. Elas são classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções. Portanto, podem ser:
ADITIVAS: Trabalhava durante o dia/ e estudava durante a noite.
ADVERSATIVAS: Estudou/mas não conseguiu ser aprovado.
ALTERNATIVAS: Você vai conosco ou prefere ficar em casa?
  A criança ora cantava, ora se punha a correr pela sala.
CONCLUSIVAS:  Você foi rude demais com Ricardo, portanto não se queixe da partida dele.
EXPLICATIVAS: Não falte à reunião, pois quero falar com você.
ORAÇÕES INTERCALADAS
Outro tipo de coordenada é chamada de oração intercalada (ou interferente), que pode vir entre as orações de um período acrescentando uma informação ou explicação.
Exemplo:
Nesse dia – como me lembro bem! – todos estavam ansiosos pela chegada dos presentes!
BIBLIOGRAFIA: Tufano, Douglas. Estudos de Língua Portuguesa – Gramática. São Paulo: Ed. Moderna, 1988.

7º ANO (9ºAno - Revisão) - Conjunções (Requisito para Análise Sintática dos Períodos Compostos)


Conjunções
As CONJUNÇÕES são palavras invariáveis que unem termos de uma oração ou unem orações. As conjunções podem relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes – as chamadas orações coordenadas – ou podem relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática – respectivamente,  uma oração principal e uma oração subordinada. Observe:
(i)                  Nossa realidade social é precária e nefasta.
(ii)                A situação social do país é precária, mas ainda existem aqueles que só buscam privilégios pessoais.
(iii)               Alguns brasileiros não percebem que  a situação social do país é precária.
Na primeira frase, a conjunção e une dois termos equivalentes: precária e nefasta.
Na segunda frase, a conjunção mas une duas orações coordenadas:
1ª – “A situação social do país é precária” e  2ª – “ainda existem aqueles que só buscam privilégios sociais”.
Cada uma dessas orações é completa em si mesma, podendo ser separada uma da outra por ponto. Assim:
A situação social do país é precária. Ainda existem aqueles que só buscam privilégios sociais.
Na terceira frase, a conjunção que une a oração (1) “Alguns brasileiros não percebem” à oração (2) “a situação social do país é precária”. Neste caso, a segunda oração (2) é subordinada à primeira (1), pois, na prática, ela funciona como complemento do verbo perceber, presente na primeira oração.  Portanto, a conjunção que está unindo a oração subordinada (2) a sua oração principal (1).
LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: são conjuntos de palavras que funcionam com valor semântico, ou seja, de sentido, igual ao de uma conjunção. As mais comuns são:
visto que                     desde que                   ainda que
à medida que             à proporção que        por mais que
Quanto à classificação das locuções conjuntivas, o critério é o mesmo utilizado para as conjunções simples.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES
                Elas podem ser: coordenativas ou subordinativas, de acordo com a relação que estabelecem no contexto. Para ser considerada coordenativa, a conjunção deve ligar termos ou orações sintaticamente equivalentes. Já para ser subordinativa, a conjunção deve fazer a ligação entre uma oração principal e uma oração que lhe é subordinada sintaticamente.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
ADITIVAS: expressão a ideia de soma, adição. São elas: e, nem, (não só...) mas também.
ADVERSATIVAS: expressam ideia de oposição, contraste. São elas: mas, porém, no entanto, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.
ALTERNATIVAS: expressam ideia alternância ou ideia de exclusão. São elas: ou, ou... ou, ora... ora.
CONCLUSIVAS: expressam a ideia de conclusão. São elas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo)
EXPLICATIVAS: expressam a ideia de explicação. São elas: pois (anteposto ao verbo), que, porque, porquanto.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: fazem relação entre orações (principal e subordinada), que são dependentes sintaticamente entre si.
Integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas (que possuem valor de substativo). São elas: que, se como
Causais: exprimem causalidade (causa). São elas: porque, como, uma vez que, visto que, já que.
Concessivas: dão a ideia de concessão (licença). São elas: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que.
Condicionais: expressam condição ou hipótese. São elas: se, caso, desde que, contanto que.
Conformativas: expressam a ideia de conformidade. São elas: conforme, segundo, como, consoante.
Comparativas: expressam a ideia de comparação. São elas: como, mais ...(do) que, menos... (do) que.
Consecutivas: expressam a ideia de consequência. São elas: que, de sorte que, de forma que.
Finais: exprimem finalidade. São elas: para que, a fim de que, que, porque.
Proporcionais: exprimem a ideia de proporção. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..., quanto menos...
Temporais: expressam a ideia de tempo ou temporalidade. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que.
Importante: A classificação das conjunções é feita de acordo com seu uso efetivo em frases na Língua Portuguesa. As relações acima podem ser memorizadas, mas quando necessário for, faça a consulta delas. O efetivo uso das conjunções é visto no estudo da Sintaxe, relativo ao período composto, que será o próximo assunto.
Bibliografia:
Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Scipione, 2008.

sábado, 27 de agosto de 2011

9º Ano - Literatura de cordel- Globo Rural. Parte 04

9º Ano - Parte 03 Literatura de Cordel Globo Rural

9º Ano - Parte 02. Literatura de Cordel - Globo Rural.

9º Ano Parte 01. Especial Literatura de Cordel- Globo Rural

A origem da Literatura está na poesia e na relação dela com os campesinos. Um excelente trabalho sobre resgate de cultura popular.




O Amor é Filme!

Este vídeo apresenta o tema do Amor e a música fez parte da trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro. No vídeo, a animação traz as chamadas xilogravuras, um tipo de desenho que é usado para ilustrar as páginas produzidas nos versos do Cordel. É primoroso!


NASCIMENTO DE JESUS - LITERATURA DE CORDEL.avi

Os temas populares fazem parte da temática das histórias de cordel. O nascimento de Jesus é recorrente, vejam esse vídeo.


9º ano - Literatura de Cordel

Mais sobre a Literatura de Cordel...


9º Ano - O que é a Literatura de Cordel?




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

7º Ano - Provérbios/Ditados Populares


Ditados Populares/Provérbios
Veja frases, ditados populares que com certeza você já ouviu, ou até mesmo já pronunciou, mas você sabe a origem desses Provérbios? Leia abaixo as Expressões e se surpreenda!
· No popular se diz:
‘Cuspido e escarrado’ - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. (nojento)
O correto é: ‘Esculpido em Carrara .’ ( Carrara é um tipo de mármore)
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.’
Enquanto o correto é: ‘ Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.’ Essa eu não sabia!
‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro’
Correto: ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro’ .
‘Cor de burro quando foge.’
O correto é: ‘Corro de burro quando foge!’
‘Quem tem boca vai a Roma.’
O correto é: ’Quem tem boca vaia Roma.’ (isso mesmo, do verbo vaiar, dá para acreditar?).
‘Quem não tem cão, caça com gato.’
O correto é: ‘Quem não tem cão, caça como gato… (ou seja, sozinho!)’

Fonte: http://entrenessa.com.br/proverbios-ditos-ditados-expressoes-e-frases-populares-origem/



Tem mais ditados populares neste site aqui, divirtam-se:

http://www.mulhervirtual.com.br/ditados.htm


7º ANO - A Estrutura da Notícia

A NOTÍCIA E SUA ESTRUTURA
        Professora Joanita Mota Ataíde      Universidade Federal do Maranhão

1- O TRIPÉ DA ESTRUTURA
  A notícia é formada por três partes: título, cabeça e corpo.
2- TÍTULO
  O “(...) título é a frase (...) composta em letras grandes que se dispõe acima do texto, com a finalidade básica de dar ao leitor uma orientação geral sobre a matéria que encabeça e despertar o interesse pela leitura”. (Joaquim Douglas, 1966)
3- CABEÇA
  A cabeça ou lead (lê-se lide) é a introdução ou abertura de uma notícia ou reportagem. O lead em geral é constituído do primeiro parágrafo. A palavra provém do inglês, que significa “comando”, “primeiro lugar”, “liderar”, “guiar”, “induzir”, “encabeçar”.
3.1- CONCEITOS
  Tendo em vista seu significado na língua de origem e o uso que dele é feito no jornalismo, o lead é a abertura de uma notícia, reportagem, etc., onde (segundo Fraser Bond) se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial, o clímax da história.
  Concebe-se o lead também como um resumo inicial, constituído dos elementos fundamentais do relato a ser desenvolvido no corpo do texto jornalístico.
3.2- OBJETIVO
O lead torna possível ao leitor, que dispõe de pouco tempo, tomar conhecimento do fundamental de uma notícia em rápida e condensada leitura do primeiro parágrafo. Sua leitura pode, também, “fisgar” o interesse do leitor e persuadi-lo a ler a matéria, até o final.
3.3- CONTEÚDO
  Na construção do lead, o redator deve responder às questões básicas da informação: o quê, quem quando, onde. As demais perguntas básicas, dada sua natureza – as circunstâncias (como) e as causas (por que) – podem ser respondidas nos parágrafos posteriores, ou mesmo deixarem de ser contemplados na primeira notícia acerca de um fato, dependendo da natureza deste.
  Para Fraser Bond (19??), o redator deve observar cinco exigências do lead:
· “apresente um resumo do fato
· identifique os lugares e as pessoas envolvidas
· destaque o toque peculiar da história
· dê as mais recentes notícias do acontecido
· e, se possível, estimule o leitor a continuar lendo o resto da reportagem.”
  Podemos ainda acrescentar outra função do lead: situar a notícia em um contexto mais amplo, esclarecendo o leitor a respeito de fatos passados ou de fatos interligados. Estes últimos tanto podem ser passados quanto simultâneos à notícia.
3.4- TIPOS DE LEAD
  Há várias maneiras de introduzir uma matéria jornalística. Portanto, há diversos tipos de lead. Vejamos algumas classificações, segundo os autores abaixo:
3.4.1- FRASER BOND
  Entre os principais tipos, o autor destaca os seguintes:
(1) CONSENSADO (INTEGRAL)
  Sumariza todos os fatos principais de maneira clara e sempre uniforme. É muito comum nos despachos internacionais. Ex.:
Subiu a 545 o número de mortos no terremoto que atingiu anteontem a região centro-sul do Irã, deixando mais de 600 geridos, alguns inválidos, e destruindo totalmente três aldeias. Segundo as autoridades, serão necessários vários meses para que os 4.500 sobreviventes das 12 cidade atingidas  possam levar uma vida norma. (OESP, 22/12/77)
(2) DE APELO DIRETO (PESSOAL, INTIMISTA)
  Utiliza o interesse da participação do leitor, a ele se dirigindo diretamente. Ex.:
Se você pretende viajar no seu carro neste fim de semana, encha o tanque mais cedo. Por determinação do Ministério das Minas e Energia, os postos de todos o Brasil funcionarão apenas até as 17:00 horas desta sexta-feira.
(3) CIRCUNSTANCIAL
Dá ênfase às circunstâncias nas quais ocorreu a história a ser narrada. Estilo característico das matérias com um toque humano mais acentuado, ou seja, que apelam ao emotivo. Ex.:
Embora tivesse medo de magoar seu marido, vasco doente. Maria da Silva não conseguiu contar uma expressão de alegria quando o radinho de pilha anunciou o primeiro gol de Zico. Sua simpatia pelo Flamengo de divórcio na 2ª Vara da Família.
(4) DE CITAÇÃO DIRETA ou “ENTRE ASPAS”
Começa com uma declaração ou citação, que reflete o aspecto principal das idéias da pessoa focalizada. Esta prática, muito comum na maioria dos jornais, esteve condenada por algum tempo, pelas normas de redação do Jornal do Brasil, “salvo nos casos em que a frase ou a citação estejam destinadas a passar à História (o que, aliás, é sempre duvidoso, e implica julgamento temerário).”
  Para Nuno Crato (1982), esse tipo de lead só deve ser empregado quando a notícia se revela de natureza  delicada ou controversa. O exemplo seguinte é de Lago Burnett (1985, p.25)
“Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus”, afirmou ontem, a certa altura do seu Sermão da Montanha, o Rabi da Galiléia, perante uma multidão de molhares de pessoas, entre as quais, seus assessores de imprensa – Lucas, Mateus, Marcos e João – que documentam a precatória para posterior publicação em livro.
  Outra maneira, muito usada, de inserir uma declaração no lead é deixá-la para o início do segundo parágrafo, precedida de travessão.
(5) DESCRITIVO
  Apresenta uma visão do lugar onde a notícia ocorreu (descrição do cenário) e descreve as pessoas nela envolvidas. A descrição das pessoas pode ser de ordem física, mas também de ordem psicológico-comportamentais. Ex.:
De bermudas, tênis Adidas e uma camisa de malha, o ex-Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República deu ontem sua primeira entrevista política (...) (JB, 10/01/87)
3.4.2- NUNO CATRO
(1) INFORMATIVO: Quando resume o essencial da matéria.
(2) INICIATIVO: Não resume o essencial; antes, chama a atenção do leitor para um ou vários aspectos particulares que, contudo, dão idéia do tema que vai ser
desenvolvido. As regras acerca desse tipo de lead são vagas. No entanto, Nuno Crato encontrou, através de pesquisas, as seguintes características desse tipo de abertura:; entrada curta (relativamente ao texto); pormenores característicos, como declarações que dêem idéia da matéria; descrições históricas ou de natureza social, que introduzam o tema.
(3) CITAÇÃO: já descrito acima.
3.4.3- OUTROS TIPOS
Vários outros tipos de lead podem ser ainda lembrados, como os seguintes:
  a) Ativador de interesse, sensacionalista ou de impacto: começa com um item de peso emocional, capaz de captar a atenção para o texto;
  b) Numeração: relaciona os principais assuntos da matéria, numerados em linhas separadas;
  c) Por contraste: contrapõe elementos contraditórios – opiniões, informações circunstâncias, etc. – para obter um efeito expressível;
  d) Originais (segundo Fraser Bond): fogem a qualquer classificação, por serem “variações excêntricas da norma primitiva.”
4- O LEAD E O ESTILO JORNALÍSTICO
4.1- DEFENSORES/CONTESTADORES
  A validade do lead no moderno jornalismo é contestada por alguns, que o consideram “quadrado”, elementos aprisionador da criatividade do jornalista. Seus defensores, por outro lado, consideram-no, ainda hoje, a melhor técnica jornalística de abertura do texto informativo, um recurso de validade sempre renovada, desde que usado inteligentemente. Em defesa do lead, costuma-se alegar a versatilidade dos seus elementos, não sendo considerado, portanto, um modelo “quadrado”.
4.2- TRADIÇÃO/CRIATIVIDADE
Realmente, nada impede que seja criativamente alterada a ordem dos elementos da fórmula ultradireta do lead tradicional (representada pela fórmula “3Q – CO – PR, ou seja, quem faz o quê e quando, seguindo-se as explicações de como, onde e por quê). Além de se trazerem para o lead somente as informações mais fundamentais da notícia, é possível obter um impacto maior, dispondo-se essas informações também em ordem de importância, na própria construção do lead. Assim, a relação poderá ser iniciada com o por quê, o como, ou com qualquer dos elementos da informação, de acordo com o assunto e as circunstâncias em que os um dos elementos em relação aos demais. Na própria seleção dos elementos a serem incluídos no lead, o redator põe em jogo a sua criatividade.
  O estilo jornalístico implica geralmente regras expressas sobre a confecção do lead: suas dimensões (número mínimo e máximo de linhas), a divisão em dois parágrafos (lead e sublead), a disposição dos seus elementos, etc.
5- SUBLEAD
5.1- CONCEITO/ORIGEM
  Segundo parágrafo do texto jornalístico, resultante do desdobramento do lead. O sublead é criação do jornalismo brasileiro, e inexistia na imprensa norte-americana e também na inglesa, de onde importamos a técnica do lead, na década de 50.
5.2- FUNÇÃO
 Existem posições discordantes sobre sua importância e sua função no texto do jornal. O sublead é considerado, por alguns, apenas um recurso gráfico (“uma ficção tipicamente regionalista”, segundo Lago Burnett (op. cit., p.23), destinado a situar melhor a notícia, visualmente, dentro da página. Outros o consideram um recurso de grande valor para a articulação do texto: um parágrafo imediato ao lead, “(...) onde se agrupam os fatos cuja ordem de importância é inferior aos do lead ou onde se desenvolvem aqueles fatos
mencionados anteriormente.” – Juvenal Portela. Nesta acepção, o sublead tem a função de disciplinar o desenvolvimento da narrativa, como um pescoço equilibra a cabeça (o lead) em relação ao corpo da notícia.
6- SUÍTE
  Ato ou efeito de desdobrar uma notícia já publicada anteriormente pelo próprio ou por outro. Técnica de dar continuidade à apuração de um fato (já noticiado), que continua sendo de interesse jornalístico, mediante o acréscimo de novos elementos, para a atualização do fato inicial e seus subseqüentes.
7- FORMAS DE ESTRUTURAR A NOTÍCIA
  • 7.1- PIRÂMIDE INVERTIDA Climax do fato - Desenvolvimento da História - Conclusão

  • 7.2- PIRÂMIDE NORMAL Cabeça ou abertura - Desenvolvimento cronológico da história - Climax da história

  • 7.3- PIRÂMIDE INVERTIDA E CABEÇA Climax da Notícia - Desenvolvimento da história - Conclusão - Cabeça ou abertura

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
    BOND, Fraser.
    BURNETT, Lago. A Língua envergonhada. 2ª ed. Rio de Janeiro: Cena, 1985. (Comunicação Social)
    CRATO, Nuno. A Imprensa. Lisboa: Presença, 1982. (Iniciação ao Jornalismo e à Comunicação Social, I).
    DOUGLAS, Joaquim. A Técnica do título. Rio de Janeiro: Agir, 1966.

  •    

    Fonte: http://lucajor.vilabol.uol.com.br/estrutnot.htm

    7º ANO (e 9º Ano - Revisão) - Gramática: Frase, Oração e Período

    Introdução à Sintaxe Frase, Oração e Período - 7º ano e 9º ano (revisão)

    Introdução à Análise Sintática de acordo com a Minigramática de Domingos Paschoal Cegalla, edição 2005.
    1.      Noções Preliminares:
    Segundo Cegalla (2005) a função da Análise Sintática é o exame da estrutura do período, pois ela “divide e classifica as orações que o constituem e reconhece a função sintática dos termos da oração”, (pág. 242).
    Inicialmente, o autor dá uma ideia do que sejam os conceitos de frase, oração, período, termo, função sintática e núcleo de um termo da oração. Quando há a reunião das palavras, sejam elas escritas ou faladas, a reunião, a ordenação acontecem em frases. É graças à frase que, segundo o autor, se alcança o objetivo de toda atividade linguística: a comunicação com o ouvinte ou com o leitor.
    2.      FRASE
    De acordo com Cegalla(2005), frase é: “todo o enunciado capaz de transmitir, a quem ouve ou lê, aquilo que pensamos, queremos ou sentimos”. A frase pode aparecer das mais variadas formas: desde uma simples palavra, até um período mais complexo, onde há várias palavras reunidas.
    São exemplos de frases:
    a)      Socorro!
    b)      Que frio!
    c)      Cada um por si e Deus por todos!
    d)      “Tudo seco em redor” (Graciliano Ramos)
    e)      Hugo chegou à boca da caverna, mas não entrou, porque viu aranhas venenosas e, além disso, não havia trazido a lanterna.
    Observações:
    1ª As frases são proferidas com entoação e pausas especiais e indicadas na escrita pelos sinais de pontuação.
    2ª As frases que não possuem verbos são chamadas de frases nominais. Um exemplo de frase nominal é: Tudo parado e morto.
    Quanto aos sentidos que as frases podem possuir, elas podem ser:
    *      Declarativas
    *      Interrogativas
    *      Imperativas
    *      Exclamativas
    *      Optativas
    *      Imprecativas
    Vamos à definição de cada uma delas:
    DECLARATIVAS - são consideradas declarativas as frases que expressam uma declaração, ou seja, um juízo qualquer sobre algo ou alguém.
    Exemplos:
    a)      A reforma da estrada é uma obra inadiável ao governo.
    b)      Minha tia não quis montar o cavalo velho.
     INTERROGATIVAS – são frases usadas para construir perguntas, ou seja, encerram uma interrogação.
    a)      Por que você está triste?
    b)      Você não tem medo?
    IMPERATIVAS – são frases que contêm em si uma ordem, um pedido, uma proibição ou uma exortação.
    a)      É proibido fumar.
    b)      Cale-se! Respeite o ambiente do hospital.
    c)      Por favor, feche a porta.
    d)      Vamos, meu filho, ande mais depressa!
    e)      Não corte essas árvores!
    EXCLAMATIVAS – são frases que traduzem admiração, arrependimento, surpresa, etc.
    a)      Como me enganei!
    b)      Não voltaram mais!
    OPTATIVAS – são as que expressam desejo.
    a)      Bons ventos o levem de volta para casa!
    b)      Oxalá não venham hoje!
    IMPRECATIVAS – dão ideia de maldição, praguejamento, precação.
    a)      “Maldição sobre teus descendentes, profeta do Mal!” (Ione Rodrigues)
    As frases podem ser afirmar ou negar algo. Se afirma, a frase é chamada afirmativa. Quando nega, é chamada negativa.
    Uma mesma frase pode ter sentidos diferentes de acordo com o modo que se lê, ou seja de acordo com a entoação que se dá. Vejamos.
    Leia, respeitando a entoação:
    Olavo esteve aqui.
    Olavo esteve aqui?
    Olavo esteve aqui...
    Olavo esteve aqui?!
    Olavo esteve aqui!
    ORAÇÃO
    É a frase de estrutura sintática que apresenta, normalmente, sujeito e predicado, ou,  excepcionalmente, só predicado.
    1.       O pedreiro/construiu um muro sólido.      
    O pedreiro – sujeito da oração
    construiu um muro sólido – predicado
    2.      Choveu muito ontem.
    Choveu muito ontem – predicado
    Em toda a oração há um verbo ou uma locução verbal. Na oração, as palavras estão unidas de maneira harmoniosa. Elas são termos ou unidades sintáticas da oração. Cada um dos termos desempenha uma função sintática.
    NÚCLEO DO TERMO
    É o elemento principal, ou seja, uma palavra principal (substantivo, pronome, verbo) de uma determinada estrutura sintática.
    1.      Um estranho objeto apareceu no céu. (A palavra objeto é núcleo do sujeito nessa frase)
    2.      A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. (Já nessa, revestiu é núcleo do predicado)
    Conforme o papel que desempenham, os termos podem ser: essenciais, integrantes ou acessórios.
    PERÍODO
    É a frase constituída de uma ou mais orações.
    Quando o período é formado por uma única oração, é chamado período simples e nele há apenas um verbo (ou locução verbal).
    a)      A cobra picou o trabalhador rural. (oração simples, pois há apenas um verbo)
    O período é composto, quando formado por mais de uma oração. Há sempre mais de um verbo neste caso. Veja:
    b)      Meu sabiá não comia nem cantava.
    Observações:
    *      A oração do período simples é chamada absoluta.
    *      Quando escrevemos, abrimos o período com letra maiúscula e o fechamos com ponto final, ponto de exclamação, de interrogação, dois pontos ou reticências.
    Referência Bibliográfica:
    Domingos Pascoal Cegalla, Nova Minigramática da Língua Portuguesa, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005, pp. 243-245.

    Nota: A minigramática do prof. Cegalla encontra-se disponível em bibliotecas das escolas públicas, pois faz parte do Programa Nacional do Livro Didático. Consulte-a sempre que necessário.